quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Historias de José, de Zé.

Sei que há. Dois mundos extremos entre o fazer e falar. Por vezes pendurando nesta linha, curta navalha, que aumenta minha angustia e ao mesmo tempo sustenta meus tristes dias. Ilusão do obviou, sustentação do imaturo, irreal e indissociável do meu ser.
Meu falar parece estranho, minha boca não tem mais saliva, nem veneno, nem misterio ou emoção. Minha historia é vista como quem ver um pássaro voando, em uma tarde de claro sol, ou como quem ver, mesmo que de vista embaçada, uma criança a correr naquele mesmo dia, três horas depois, sob forte vendaval e cuva torrencial.
Na verdade não sei por te falo estas coisas Maria. A tua vida é tão mais bonita que a minha. Tens tudo que quer e o que não quer joga fora, como quem joga um chiclete mastigado e sem açúcar, ou um cigarro quem não tem mais o que matar.
Maria, um dia eu te conto minha vida... um dia eu te conto maria.

domingo, 17 de outubro de 2010

Nota oficial de posicionamento político da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) sobre as Novas Diretrizes Curriculares para o Curso de Jornalismo (NDJ)



No dia 8 de outubro, sexta-feira ocorreu no auditório do Conselho Nacional de Educação (CNE), a Audiência Pública que debateu as Novas Diretrizes Curriculares do Jornalismo (NDJ). No presente momento, a Enecos se fez representada na reunião explanando para todos e todas que estavam presentes na audiência ou acompanhando pela internet o posicionamento da Executiva frente às NDJ. Para reafirmar e oficializar a nossa compreensão política do que se refere à formação profissional do comunicador social, viemos por meio deste manifestar a nossa decisão:

·         Entendemos que qualquer projeto político que se refira a formação profissional do comunicador, sua modificação, ou criação de outros parâmetros, deve, sem sombra de dúvida, garantir a participação de diferentes setores da sociedade civil que estejam relacionados direto ou indiretamente com a comunicação social. É preciso garantir a pluralidade do debate político em todos os processos, para que a proposta seja socialmente referendada;
·         A constituição de três audiências públicas (Rio de Janeiro, São Paulo e Recife) para a formulação pública da proposta de NDJ não contempla nem 1% das escolas de comunicação existentes no Brasil. Inclusive nas três audiências tiveram representações estudantis, porém a ENECOS, não recebeu nenhum convite oficial para a participação nas audiências. É necessário garantir o debate político sobre o tema abordado para que professores, estudantes, técnicos e comunicadores sociais possam refletir, debater e propor políticas; Sem debate político, não há proposta política;
·         As Novas Diretrizes Curriculares para o Jornalismo traz em seu conteúdo questões referentes a pesquisa e a extensão colocando-os como atividades complementares e não mais como pilar fundamental para a garantia da formação profissional qualificada e humanística; Para nós a pesquisa e extensão compõe os três pilares necessários para a garantia mínima de uma formação qualificada: ensino, pesquisa e extensão;
·         A proposta das NDJ não contempla a pesquisa na área da comunicação social, nem muito menos na área de Jornalismo, a partir do momento que aponta os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) como trabalhos práticos de cunho jornalístico, impossibilitando ao estudante a carreira acadêmica e/ou pesquisador.

A partir destes pontos citados, entendemos que o processo de construção das NDJ foi construído de maneira vertical, sendo uma proposta feita por uma comissão de especialistas que, de longe, não contempla as organizações políticas que pensam, debatem e formulam políticas para a comunicação social no Brasil. O resultado desta construção antidemocrática é a inexistência de debates políticos nas escolas de comunicação do Brasil sobre as NDJ, o que é para nós, uma construção equivocada de uma proposta que representa somente os interesses do mercado e das empresas jornalísticas.

O objetivo das NDJ está claro: lançar para o mercado, em um curto espaço de tempo, profissionais minimamente capacitados para reproduzir a técnica jornalística sem questionar as condições indignas de trabalho que hoje os trabalhadores sofrem e sem refletir sobre o papel que a comunicação exercer na manutenção do status quo da sociedade, assim como ela, opressora, desigual e a serviço da classe dominante.

Entendemos que a proposta de diretrizes para o Jornalismo não só interessa aos jornalistas, estudantes da habilitação ou pessoas que trabalham em jornais e/ou redações, interessam a todos os comunicadores sociais. O que está colocado para nós com a NDJ é a extinção da área de Comunicação Social como área de conhecimento, assim como se fez com o Jornalismo e se quer fazer com Relações Públicas. A inexistência do debate político encobriu e fragmentou a discussão impossibilitando ao conjunto dos interessados pelo tema, uma compreensão macro dos fatos envolvidos.

Para tanto, nós da ENECOS, somos contra o método utilizado pelo MEC/Comissão de Especialistas para a construção das NDJ, inclusive lamentamos, enquanto estudantes, que a proposta do Jornalismo não consiga, em sua própria construção, garantir a pluralidade das vozes envolvidas nos fatos.

Para nós, é necessário que a proposta de Diretrizes Curriculares para o Jornalismo, neste momento, seja paralisada, ou seja, que não se aprove as NDJ e que se reabra audiências públicas e debates políticos em todos os estados do Brasil até o final do ano de 2010, para minimamente garantirmos o debate e a formulação política sobre o tema. Depois de feito os debates políticos, abriremos um processo de plebiscito nas escolas de comunicação, no primeiro semestre de 2011, para votar se queremos ou não a separação das habilitações e a extinção da área de Comunicação Social. Sinalizamos desde então, que não concordamos nem muito menos iremos compactuar com as NDJ construída de maneira antidemocrática, que não representa os interesses do povo e que só está a serviço das empresas.

Gostaríamos de dizer que estamos dispostos às discussões políticas, assim como também estamos dispostos a nos mantermos mobilizados para enfrentar qualquer proposta que desloque nossa formação profissional, tão e somente para o mercado, descontextualizando a nossa verdadeira função social que é estar a serviço do povo e da classe trabalhadora.


Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social - ENECOS


EM DEFESA DA NOSSA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
SOMOS TODOS COMUNICAÇÃO SOCIAL!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mate-me


Te dou minha arma mais singela e poderosa
Te dou a mais forte  e concisa


Te dou a unica arma que não mata
Mas que vence batalhas sozinha

Te dou uma flor
pela minha vida

Te minha flor
em prol de minha liberdade

Te dou minha arma mais singela e poderosa
Mas que vence batalhas sozinha

Mas se nada disso a te surte efeito
Peço que me mate
Mate-me
como um indignte a que sujeito

Te dou a faca e a corda!
Pois eu mesmo nao teria coragem
De fazer de minha vida
De minha pobre, mais minha vida
Tal mesquinha insanidade

Mais uma coisa te peço
Que ao me enterrar
Jogue sobre mim essa flor
Sinal de minha luta e resistência
A unica arma que ousei tocar.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Campanha “Somos todos Comunicação Social – Avalie sua Formação!”

 “Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos.
E é como sujeito e somente enquanto sujeito,
que o homem pode realmente conhecer”
Paulo Freire.


Novas Diretrizes para o Jornalismo (NDJ)
No ano de 2009, o MEC através da figura do Ministro Fernando Haddad escolheu uma comissão de especialistas – portaria MEC-SESU 203/2009 - (formado por professores e especialistas, somente) para retomar as discussões sobre a questão curricular na área de Comunicação Social.
A proposta, um tanto quanto curiosa, reflete a constituição das Novas Diretrizes para o Jornalismo e não mais para Área de Comunicação Social. Foram travados no país, somente três audiências públicas (Rio de Janeiro, Recife e São Paulo) para a formulação das NDJ. Segundo informações contidas no documento das Novas Diretrizes (disponível na internet) o MEC abriu, no seu portal, uma consulta pública sobre a questão, porém não percebemos nenhum resquício de uma construção ampla que possibilitasse a participação de diversos setores da sociedade. Nada se viu sobre a existência de seminários nacionais que travasse esta discussão, nem sequer percebemos nas escolas de comunicação do país o processo de formulação de tal documento. Tudo por debaixo dos panos.
Entrando na análise do documento em si, percebemos que o real o objetivo das NDJ é retirar a
habilitação de jornalismo do curso de comunicação social para transformá-lo em um curso
independente. Junto com esta proposição fica evidente as contradições e equívocos que o
documento reflete em relação a comunicação, a sociedade e educação brasileira. Nenhuma análise é feita sobre o papel que a comunicação cumpre na sociedade e pra quem e pra que serve a comunicação que temos hoje. Nada foi dito também sobre a sociedade em que vivemos, sobre a restruturação do mundo trabalho e as relações sociais existentes. E, perigosamente, esquece também de analisar a educação superior no Brasil e o processo de expansão e Reforma Universitária aplicado nos últimos anos.
Contraditoriamente, traz uma análise ultrapassada do jornalismo enaltecendo valores como
liberdade de expressão, direito a informação e a fiscalização do poder. As perguntas que devem ser feitas são: Qual liberdade de expressão tem o trabalhador da comunicação se a informação que é transferida para a sociedade reflete as vontades do patrão? Como pode o jornalismo fiscalizar o poder, se quem está no poder político é dono dos meios de comunicação? 
O que está colocado para nós é o caráter tecnicista e fragmentado das novas diretrizes que preza a formação unicamente voltada para o mercado, a homogenização da conduta profissional, a disseminação de valores empresariais, industriais e comerciais, a não reflexão crítica da realidade a qual estamos inseridos e a perpetuação da sociedade existente, assim como ela é, opressora, desigual, coisificada.
Campanha “Somos todos Comunicação Social – Avalie sua
Formação!”
Diante desta questão, é emergencial que nós, estudantes de Comunicação Social, através da
ENECOS nos posicionemos e batamos de frente com esta proposta de NDJ defendendo a qualidade do ensino em comunicação, defendendo condições dignas de trabalho e defendendo uma comunicação que caminhe lado a lado do povo. É então, partindo desta perspectiva que a Coordenação Nacional da ENECOS gestão “Aos que virão”/ 2010 lança a campanha “Somos todos Comunicação Social – Avalie sua Formação!” com objetivo de construir nacionalmente a formulação sobre a questão do ensino e paralelamente o início da avaliação das escolas de comunicação.

Texto: ENECOS - Executiva Nacional dos Estadantes de Comunicação Social

segunda-feira, 14 de junho de 2010

TOMAR AS RUAS! ABAIXO O AUMENTO DA PASSAGEM DE ÔNIBUS!


Passeata na TERÇA-FEIRA, 15 de junho, às 8hs. Concentração: Praça da Liberdade - Ao lado do CEFET.

Há quase um mês a população de Teresina foi surpreendida com o aumento da passagem de ônibus que subiu de R$1,75 para R$1,90. A Prefeitura juntamente com os empresários do SETUT colocaram o aumento justamente num sábado, o que dificultaria qualquer mobilização contrária. De lá para cá a própria Justiça entrou com uma liminar suspendendo o aumento deslegitimando os argumentos do SETUT. Não demorou muito e o Desembargador do Estado Luís Gonzaga Brandão cassou a liminar e o aumento permaneceu.
Na última terça-feira (08/06) algumas entidades estudantis e sindicais se reuniram na sede do DCE da UFPI para discutir uma ação unificada contra o aumento das passagens, a reunião havia sido convocada em um CEB (Conselho de Entidades de Base da UFPI). Estavam presentes na reunião representantes do DCE/UFPI, Centros Acadêmicos da UFPI (História, Enfermagem, Economia e Direito), Centros Acadêmicos da UESPI (História/Torquato Neto e História/Clóvis Moura) além da ANEL (Assembléia Nacional de Estudantes-Livre) e das entidades sindicais ADUFPI e CTB.
Lá foi discutido uma bandeira de luta comum que unificasse todos esses setores e a construção de um ato unificado que foi encaminhado para terça-feira (15/06) às 08:00 h com concentração na praça da Liberdade ao lado do IFPI (antigo CEFET). Concensuamos na bandeira contra o aumento de passagens e na luta pelos passe-livre para os estudantes.
Ao final da reunião foi formada uma Comissão de Mobilização que será aberta a participação de qualquer estudante ou entidade. Foi encaminhada uma reunião da Comissão para sexta-feira (11/06) às 13:00 na sede do DCE da UFPI para fazermos o balanço das mobilizações e tirarmos encaminhamentos até o dia do ato na terça-feira.

A ANEL juntamente com os centros academicos de Enfermagem/UFPI, Direito/UFPI, Economia/UFPI, de história da UESPI (Torquato Neto e Clovis Moura), a ADCESP (Associação dos Docentes da UESPI) e a Secretaria Executiva Nacional eleita no Congresso de Unificação Conlutas-Intersindical estarão se somando às mobilizações e divulgando um panfleto durante o ato com as bandeiras de luta comuns a essas entidades em relação ao transporte de Teresina.

Além da luta contra o aumento da passagem, estamos defendendo também o passe-livre irrestrito para estudantes e desempregados e a municipalização do transporte coletivo em Teresina por entendermos que só a luta contra aumento não garantirá à população o direito de ter acesso a um transporte público de qualidade. 

É isso! Só através de uma grande mobilização conseguiremos reverter esse aumento e lutar também pela qualidade no serviço dos transportes. 
TODOS AS RUAS NO DIA 15/06 CONTRA O AUMENTO DE PASSAGEM E PELO PASSE-LIVRE

Texto: Anel - Assembleia Nacional dos Estudantes - LIVRE

Do Inicio Ao Fim!

A primeira energia? o Sol!
Depois o fogo, 
dai a necessidade de mais fogo, mais fogo, mais fogo.
Então a maquina a vapor,
dai o desmatamento.
E mais fogo, mais fogo, mais fogo.
Então, o Crescimento, "lindo" crescimento...
Então o exagero, a maquinaria, a velocidade, o carro, o navio, o trem, 
a vapor, a vapor, a vapor.
Dai mais desmatamento.
E mais fogo, mais fogo.
A industria revoluta,
revoluciona a labuta.
Velocidade, velocidade, velocidade.
A maquina homem perde a guerra,
Mas essa guerra homens comem.
Homem maquina, "maquinomem"
Volocidade, velocidade, velocidade...
mediocridade.
Cresci a industria
Jorra o petroleo.
A humanidade desanda.
É global, global, global.
O medo prevaleci...
a vida permaneci.
Até quando, Até quando?